Robin Wright interpreta ela
mesma, como uma atriz problemática, com dificuldades de escolher bons papéis e
com a carreira em declínio. Neste contexto recebe uma última oferta de
Hollywood: Vender sua imagem, através de alta tecnologia, criando uma atriz
digital idêntica a ela, para que os estúdios a usem em filmes escolhidos por
eles. Robin tem um filho, Aron, que necessita de cuidados especiais, por estar
perdendo a visão e a audição e uma filha adolescente, que a estimula na
carreira. Sem muitas saídas, Robin Wright aceita ser escaneada numa última
representação, sabendo que não poderá atuar novamente outra vez. Passados 20
anos, quando seu personagem digital já ganhou muita fama, Robin é a convidada com
participação de honra, no Congresso Futurista, evento promovido pela indústria
de entretenimento, onde será lançada uma nova droga que permite a qualquer um
ser quem quiser.
O congresso futurista é mais uma inquietante
de Folman que coloca em discussão limite entre realidade e ilusão. A partir da
entrada da atriz no tal Congresso, o filme vira uma animação lisérgica,
repletas de referencias ao universo pop, porém o futuro retratado por Folman é
sombrio na medida em que este mundo glamoroso, colorido e virtual, simbolizando
toda a possibilidade de felicidade humana acessada pela droga química, é a única
saída e possibilidade de utopia de uma sociedade não virtual, falida sob o
ponto de vista econômico e social.
O Congresso Futurista (2013)
Ari Folman
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