O casal formado por Brandon e Philip matam
friamente o colega, David, com a intenção de provar serem capazes de cometer o
assassinato perfeito. Como se não bastasse, resolvem colocar o corpo num baú
que servirá de mesa para a festa que os dois organizaram tendo como convidados
o pai, a noiva e o melhor amigo da vítima, além de seu velho e astuto professor
Rupert. À medida que os convidados chegam e com desenrolar da festa, a ausência
de David começa a ser mais fortemente sentida enquanto pequenos conflitos e
contradições entre a dupla de assassinos faz com que Rupert desconfie de que
algo está errado.
Hitchcock conduz com maestria o tom de crescente tensão do
filme, que foi rodado como se fosse um plano seqüência (há pequenos cortes,
ocasionados pela necessidade de troca do rolo de filme, muito bem disfarçados
pelo diretor). A relação homossexual dos dois personagens perpassa o filme de
maneira discreta, deixando a frieza e crueldade dissimulada, principalmente de
Brandon, como foco da trama. Desde o inicio sabemos qual o paradeiro de David
e a partir disto, Hitchcock propõe o jogo da descoberta do crime, em situações
onde o suspense é incrivelmente sufocante. Muitos dizem que talvez seja este
seu melhor filme.
Festim Diabólico(1948)
Alfred Hitchcock
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