O jovem Renato Manfredinni Jr.
enquanto se recupera de uma cirurgia para resolver um problema ósseo, lê muitos
livros e dedilha seu violão. A partir da descoberta do Sex Pistols, sai atrás
de músicos para montar sua primeira banda: o aborto elétrico. Renato tem temperamento forte e suas
opiniões e comportamento nem sempre são compreendidos pelos amigos e músicos do
movimento punk, da qual está inserido. Depois de rupturas e desentendimentos,
inicia-se sua fase solitária como o trovador elétrico, com canções longas
tocadas ao violão, narrando estórias de Brasília. Os shows de rock na Capital
Federal eram acompanhados por Hermano, irmão de Herbert Vianna, que convida
Renato, já com a sua Legião Urbana, para tocar no circo voador no rio de
janeiro, templo do rock nacional nos anos 80.
O filme é uma ficção que tem
bases na biografia de Renato Russo. Antônio Carlos Fontoura se detém em
aspectos da vida do músico que ajudam a entender um pouco sobre o nascimento de
algumas canções emblemáticas da Legião. O ator Thiago Mendonça
impressiona na sua caracterização, e a decisão do diretor de executar os
números de música ao vivo, pelos próprios atores, foi muito acertada. Tive a felicidade
de assistir a legião nos shows “as quatro estações” e “descobrimento do
Brasil” e quem também teve esta oportunidade sabe o quão era catártica a
presença de Renato Russo no palco. Não sou exatamente um saudosista, mas a cena
final do filme, com a Legião enfim se apresentado para um grande público, me
deixou pra lá de emocionado.
Somos tão jovens (2012)
Antônio Carlos da Fontoura
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