28 janeiro - Somos tão jovens (2012) - Antônio Carlos da Fontoura



O jovem Renato Manfredinni Jr. enquanto se recupera de uma cirurgia para resolver um problema ósseo, lê muitos livros e dedilha seu violão. A partir da descoberta do Sex Pistols, sai atrás de músicos para montar sua primeira banda: o aborto elétrico. Renato tem temperamento forte e suas opiniões e comportamento nem sempre são compreendidos pelos amigos e músicos do movimento punk, da qual está inserido. Depois de rupturas e desentendimentos, inicia-se sua fase solitária como o trovador elétrico, com canções longas tocadas ao violão, narrando estórias de Brasília. Os shows de rock na Capital Federal eram acompanhados por Hermano, irmão de Herbert Vianna, que convida Renato, já com a sua Legião Urbana, para tocar no circo voador no rio de janeiro, templo do rock nacional nos anos 80.
O filme é uma ficção que tem bases na biografia de Renato Russo. Antônio Carlos Fontoura se detém em aspectos da vida do músico que ajudam a entender um pouco sobre o nascimento de algumas canções emblemáticas da Legião. O ator Thiago Mendonça impressiona na sua caracterização, e a decisão do diretor de executar os números de música ao vivo, pelos próprios atores, foi muito acertada. Tive a felicidade de assistir a legião nos shows “as quatro estações” e “descobrimento do Brasil” e quem também teve esta oportunidade sabe o quão era catártica a presença de Renato Russo no palco. Não sou exatamente um saudosista, mas a cena final do filme, com a Legião enfim se apresentado para um grande público, me deixou pra lá de emocionado.

Somos tão jovens (2012)
Antônio Carlos da Fontoura

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